Dr. João Antonio Costa

Olá!

Bem vindo ao nosso blog. Aqui eu conto um pouco sobre minhas experiências dentro da Odontologia nos EUA e o Processo de Validação do Diploma de Odontologia nos EUA e minha jornada dentro da Boston University Henry M. Goldman School of Dental Medicine.

Espero que você aprenda bastante!

Textos de Humor

Textos de Humor

Há aproximadamente 2 anos eu entrei em uma crise muito seria. Crise mental, beirando ataques de pânico e depressão. Tudo começou quando nosso antigo Diretor Clínico me falou que iria deixar a Companhia. Seguindo sua esposa que tinha conseguido uma proposta de emprego imperdível, ele decidiu segui-la e, para isto, deveria deixar o Estado dali 4 meses.

Um espiral de maus pensamentos tomaram conta da minha cabeça. E porque, perguntaria você? Se tudo sempre esteve tão bom, tudo tão maravilhoso e tudo tão perfeito no trabalho, porque a ausência de um chefe iria me levar à uma curva descendente tão acentuada? Justamente por ele ter sido nosso Diretor Clínico nos últimos 3 anos. Ainda que tudo pudesse parecer perfeito e maravilhoso foi este cara que colocou o Departamento Odontológico nos trilhos. Ele contratou gente muito boa para trabalhar com a gente, organizou o Departamento inteiro, começou da dar sentido na palavra “accountability” e deu inicio à ideia do departamento inteiro – Na época 3 clinicas – a trabalhar como um só time.

Seu trabalho rendeu frutos muito bons. Uma quarta clinica foi criada do zero e ele deixou um legado muito promissor para o próximo Diretor que assumisse o cargo. Pelo fato de ter sido testemunha desta mudança e crescimento dentro da Companhia, a noticia da sua saída me atingiu como um soco no estômago. Tudo bem, ele sairia e a Diretoria não iria simplesmente deixar o Departamento ao Deus dará. Claro que não. Mas ainda que eu soubesse disso, lá no fundo eu estava temeroso que tudo o que tinha sido construído viesse abaixo. Imaginar que tudo voltaria a ser como era me deixava ansioso, nervoso e muito preocupado.

A gota d’água veio quando, em casa, eu gritei com minha filha. Um motivo besta, sem qualquer justificação que me levasse a tal resposta. Minha esposa olhou para mim e naquele momento eu soube que precisava de ajuda. Naquela semana mesmo eu fui procurar ajuda. Entrei em contato com meu médico e consegui uma consulta rapidamente. Depois de conversarmos, eu pedi para ele um remedio. Mas não um remedio qualquer. Eu queria alguma coisa que ao tomar eu não ligasse mais para nada que acontecia ao meu redor. O simples barulho do salto da nossa recepcionista quando ela andava estava me jogando para a beirada de um precipício emocional. Por duas ocasiões eu precisei sair do consultório para tomar um ar e respirar.

O remedio veio em boa hora. Para alguém que sempre disse que morreria se dependesse de medicamento diário para viver eu estou sobrevivendo até que bem. Todos os dias de manha. Um simples comprimido que demorou perto de duas semanas para começar a fazer efeito. Mas ainda faltava uma coisa. Ainda que eu estivesse com a química dentro da minha cabeça sendo ajustada, eu ainda precisava voltar a me sentir um pouco mais solto. Eu sentia que precisava dar mais risada, me divertir mais e deixar de pensar tanto no trabalho. Foi quando eu descobri a comedia stand up no YouTube.

Através de um video no Facebook – um daqueles que caem de paraquedas na sua timeline – eu abri o video de um humorista do Brasil que falava das coisas que aconteciam com ele. Não parecia ser alguma coisa que ele inventasse simplesmente para agradar ao publico. Ele falava das suas experiencias, os desastres, acertos e muitos erros que acabaram nos conectando. Eu achei alguém que passava pelos mesmos perrengues que eu e tinha a habilidade de tornar aquilo um assunto engraçado. Diariamente ao voltar para casa do trabalho eu colocava os videos dele para ir ouvindo. Sendo stand up, eu sabia que não precisaria ver nada. Eu desligava o telefone e ficava somente com o audio dentro do carro.

Aquelas historias me ajudaram muito. Comecei a ouvir e aprender que levar a vida tão a sério não me levaria a lugar nenhum. Aliás... estava me levando literalmente para o fundo do poço. Nos videos que eu ouvia eu aprendi sobre sua vida, sua familia, esposa, filha, experiencias dentro do seu condomínio, aniversario de um ano da filha, viagens com sua esposa para fazer shows pelo mundo, brigas e festas. Era como se tivéssemos nos tornado velhos conhecidos.

Em abril deste ano (2019) eu vi um video dele no YouTube e no final do video ele colocou a sua agenda de shows e em julho ele estaria em Boston. Em Boston! Eu não poderia perder! Naquela hora mesmo eu comprei um par de ingressos para ir com minha esposa.

O dia da apresentação chegou. Tive a chance de conhecê-lo, apertar sua mão e tirar uma foto. O que me deixou um pouco sem graça foi a hora que eu estava ali para conversar com ele e ele me perguntou o nome. Ele fazia parte tão constante do meu dia a dia que ele, ali, me perguntando o nome soou estranho. Claro que ele não me conhecia. Eu o conhecia mas ele não a menor ideia de quem eu era. Mas isso não era importante. Eu fiquei feliz porque eu tive a chance de agradece-lo pela ajuda que ele me deu – mesmo sem saber – durante um período muito difícil da minha vida. Rir ainda é o melhor remedio.

Um abraço e sucesso sempre!

Pro Atividade

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Doze Anos

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